Iria Braga
Voz e performance
Indioney Rodrigues
Composição, instrumentos e eletroacústica
Ricardo Janotto
Instrumentos e eletroacústica
Concepção Geral e Composição Musical Indioney Rodrigues
Direção Artística Flávio Stein
Preparação Corporal e Cênica Silvia Patzsch
Iluminação Victor Sabbag
Vídeo Alceste Ribas
Figurino Silvia Patzsch e Victor Sálvaro
Design Lucas Pereira Nery
Código Rafael Forcadell
Contra-regragem Marcelo Nassar
Produção Vitral
A história de Hawwwah é apresentada em múltiplas narrativas, sonoras, visuais, do corpo em movimento, de intensidades e densidades temporais. O monomito de Hawwwah fragmenta-se em infinitos momentos. Seu chamado e queda, sua provação e apoteose, seu voo mágico e retorno, como drama e destino, são ilusórios. Eles se bifurcam para o antes e o depois, eles se sobrepõem no agora: nesse exato momento, qualquer momento, a vida toda.
Hawwwah é permeada por um desejo estranho de ser mas não estar. De estar à margem de si. De corromper-se no simulacro de poder que há em dissimular-se. Ela é o outro, transpassada pelas mil faces, dela, suas. Não há tempo suficiente. O próximo momento é urgente. Devo retornar? Ela deve? E se eu pudesse permanecer um pouco mais? O que seria dela?
A redenção final de Hawwwah é frágil. Em qualquer instante mínimo de silêncio as mil faces podem retornar. Seu canto, por isso, também é mínimo e flui com cuidado, premeditando seu próprio extermínio. Seu canto é pausado e lírico, mesmo diante do grande perigo. Ele não se apavora, ele não deseja mais nada.
Hawwwah tem como plano de fundo o fluxo ontológico difuso da internet, que é espelhada dramaturgicamente por meio de narrativas múltiplas, em histórias em miniatura que se sobrepõem e se entrelaçam. A peça é interpretada por um trio vocal-instrumental e acusmática, e apresenta processos de improvisação controlada e espacialização sônica, mesclando música eletroacústica, áudio-colagens, loopings, manipulação de objetos sonoros e performance vocal-instrumental, explorando texturas e timbres diversos, por meio de filtros e de técnicas estendidas de produção sonora.
Duração aproximada de 60 minutos.
Roteiro e libreto inspirados no livro de Gênesis e em textos de Adriana Lisboa, Hilda Hilst, Gonçalo Tavares e Oscar Brenifier.
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“A vida, meu caro, é ilegível.”
Gonçalo Tavares
“O nunca mais não é verdade.”
Hilda Hilst
Projeto realizado com o apoio do programa de apoio e incentivo à cultura
Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba